segunda-feira, fevereiro 08, 2010

Passou um ano

Passou mais um ano em mim..

Deixo aqui as palavras tão doces que recebi da minha alma irmã e o meu agradecimento as pessoas queridas que me lembraram e que me saudaram.

Brigada por estarem aí, aqui, cá.

Palavras doces:

"as mesmas mãos que te escrevem poemas
as mesmas mãos que te levam a passear
as mesmas mãos que te protegem
são as mesmas mãos que hoje te entregam flores

Receba 23 beijos assoprados das minhas mãos"


quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Solidão e Solitude

***

No último Domingo Martha Medeiros fez uma reflexão bastante interessante sobre a solidão, ou melhor, a solitude: este sentimento que amedronta tanto quanto atrai. Ela fez um paralelo entre o quanto conseguimos acessar nossos sentimentos quando sozinhos e quando acompanhados e acaba concluindo que, quando acompanhados, há uma necessidade de traduzi-los para conseguirmos dividir com o outro e, assim, acabamos por entender melhor nossos próprios sentimentos. Achei bastante verdadeiro e concordo, também eu, às vezes, só consigo sentir quando tento traduzir meus sentimentos a outros.

Porém o texto de Martha me levou a fazer outros paralelos e a pender mais para o romance. Me pus a pensar sobre essa completude que nos inunda quando estamos em um relacionamento romântico: o mundo parece em ordem, os espaços preenchidos. E o oposto também é verdadeiro: ao rompermos um relacionamento as coisas como que perdem o sentido e todos os pores do sol tornam-se incompletos. Mas isto é chover no molhado e cabe mais a Vinícius de Morais do que a mim, descrever. Porém, ocorre-me que, passado este sentimento de solidão, chegamos ao que vou chamar de um "estado de solitude", onde sim, não estamos mais avec, mas passamos a nos relacionar com o mundo, a trocar mais com tudo que há à volta.

É o que tento defender com a minha "Teoria do Pote de Paixão". Acredito que cada pessoa nasça já com seu pote de paixão próprio. Cada um com seu tamanho e intensidade particulares; uns maiores, outros menores. Ocorre que, ao nos apaixonarmos por algo, como um projeto, ou um par romântico, dedicamos muito do nosso pote de paixão para isto ou este, e nos sobra pouco para todo o resto. Já quando estamos em "estado de solitude", temos o nosso pote inteiro ao nosso dispor e fazemos de forma mais igualitária o que chamo de "distribuição do ativo apaixonário": nos apaixonamos um pouco por tudo que nos passa a frente.

Não consigo concluir ou pô-los em uma balança; ambos estados, de paixão ou de solitude, apresentam prazeres próprios e particulares, que tornam impossível escolher um em detrimento do outro. Muitas vezes o que ocorre, entretanto, é que as pessoas, por medo da solidão, acabam por não conseguir chegar ao estado de solitude e, assim, se privam dos prazeres que redistribuir o pote de paixão pode oferecer. Portanto, a única coisa que posso concluir é que, seja alone, ou seja avec, cabe a nós definirmos como fazer melhor uso do nosso "ativo apaixonário". 

A todos, bons pores do sol e um beijo apaixonado. 

Xô, Urucubaca!

***

Foi-se embora Janeiro e, com ele, oxalá!, a bruxa que andava solta por aqui.
Como eu disse para um amigo meu, "a se eu pego essa bruxa por aí eu torço o pescoço dela!".

Começo a minha semana aniversarial deixando pra trás duros (e quentes) dias. Janeiro foi mesmo um mês bastante difícil, mas vai-se embora deixando alguns ensinamentos:

- Que sempre vale a pena tentar mais uma vez, mesmo que seja só para tirar o peso dos nossos ombros.
 - Que perdoar faz mais bem pra gente do que pros outros.
- Que precisamos muito dos nossos amigos e que nossos amigos precisam muito d'a'gente.
- Que sempre vale a pena conversar e que, conversando, sempre achamos uma terceira alternativa muito melhor que as anteriores. 
- Que pior que um diagnóstico ruim, é a espera por diagnóstico nenhum.
- Que saudade dói, mas não mata.
- Que ansiedade dói pra respirar, mas que é preciso respirar.
- Que, as vezes, tudo que precisamos e dar tempo pras coisas se aquietarem.
- Que mãe enlouquece a gente, mas que também ajuda muito a não enlouquecer.
- Que sentir-se em casa é bom, mesmo que encha o saco.
- Que ir pra praia é bom pra rever os amigos.
- Que rever os amigos é a coisa mais importante pra manter a sanidade.
- Que é preciso muita calma para manter a sanidade.
- Que calma só se consegue com o tempo.
- Que esperar dói, mas não mata.
- Que Fevereiro chega, por mais que demore.
- Que vale a pena lutar pelas coisas que nós acreditamos que são verdadeiras.

Aprendi isso com todos os meus amigos que me acudiram e me trouxeram a calma que me faltava: nas mesas de bares, em conversas em carros, escrevendo em guardanapos, vendo desenhos no computador, saindo pra comprar lingerie, comendo chocolate, sentando no meio-fio, conversando sem parar, vendo o tempo passar juntos...

Essa é pra vocês, não preciso citar nomes, mas vocês sabem que fizeram parte. Muito muito muito obrigada por existirem e, pra quem estiver pelo litoral:
DIA 7 EH MEU ANIVERSARIO, VOU ESTAR NO BALI HAI DIA 6 (A PARTIR DA MEIA NOITE - TECNICAMENTE, DIA 7) COMEMORANDO. EH UM CONVITE!!!

VENHAAAAAAAM!!!!