quinta-feira, setembro 17, 2015

Todas as Direções

Esse é um convite para dançar um texto inteiro.
Fui invadida por palavrinhas.
Catarina estava perdida.
Eu não estava.
Completamente.
Nunca estive completamente perdida.
Também nunca estive completamente achada.
Vejo que os que estavam completamente perdidos agora estão aparentemente achados.


Vejo dois jeitos. Ou achamos alguém(ns) e então nos achamos a juntos.
Ou então procuramos a saída sozinhos mesmo.
[As palavras vem mais rápido do que meus dedos escrevem. Pera! Perdi um pensamento ali atrás.]
É um labirinto, parece um labirinto dentro da minha cabeça. Um labirinto onde se acha um ponto de saída.
Saída do caos.
Saída do labirinto.
E se entra na vastidão do ‘incrivelmundo’ do “para frente”.
Ah, que lindo paraíso é esse onde se há pra frente pra andar.
Daqui não, daqui, danço uma valsa para  todos os lados.
Nunca bem completamente perdida.
Nunca bem completamente encontrada.


Acho que é para a direita.
Ah.. mas a esquerda… suspiro.
Numa ilha que visitei havia uma placa que dizia:
Para ‘todas as direções’, e outra para ‘outras direções’.
Todas as direções. Outras direções.
Pra onde ir?



Bibiana Xausa-Bosak
Um dia entre o verão do sul e o inverno do norte.
(Viva aos Corsos e suas placas existencialistas)