Minha natureza é mutante
Minha natureza é mutável
Não sou muito de nada
Sou um pouco de tudo
Sou borboleta em casúlo
Sou lagarta com asas
Concervadora
Subversiva
Um oceano em contradição
E nessas contradições me encontro
E, nelas, cada vez mais me perco
Sou a figura da dúvida
Sou a figura da vida
O silencioso grito histérico
Das asas que teimam
E teimam
E reteimam
Vivo em constante casúlo
Pois vivo em constante mudança
Minha casa é minha concha
Casa de pérola insana
De cor nenhuma
Multicolorida
No infiito espaço que compreende uma lágrima
Meu mundo se extíngue
E na segunda
Revive
Não como fênix
Não volta igual
Se refaz
Mais esclarecido e seguro
Se refaz
Mais confuso e sozinho
Mas não importa como se refaça
Se refaz mudança
Sempre como nada
Como muito de algo
Como um pouco de tudo
A contemplar o universo intenso
Das mihas contradições
Poema de mil novecento e nem me lembro quando, já faz tempo, Porto Alegre
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