sexta-feira, março 02, 2007

La Cova e solução para ‘Onde foi parar a alma de Barcelona’

La Cova foi um divisor de águas. Mudou minha visão sobre música eletrônica e sobre Barcelona: Agora eu acho música eletrônica ótima para dançar e me anima muito. A noite foi maravilhosa, pulei durante toda ela, frenética, irradiava energia e, as 6 da manhã, quando pegávamos o ônibus para voltar para o hostel eu ainda estava disposta a passar horas lá, pulando como uma criança. E sobre Barcelona, bom, o melhor conceito que consegui formular ficou gravado em um guardanapo, com a caligrafia trêmula de energia de quem escreve do meio de uma festa, lá pelas quatro da manhã.

Dizem os guardanapos:

“Barcelona é uma cidade (mulher) sem alma. Ela vendeu para o Diabo por 3 pastilhas e 2 ácidos.

3 pastilhas: Uma cidade energética, anfetamínica, que não pára um segundo e vive ao ritmo alucinante da música eletrônica.

2 ácidos: Uma cidade que vive no surrealismo, com imagens muito alem das vulgares, com cores muito alem das comuns.

Mas como na caverna: Todos dançam juntos, mas no final, todos dançam sós.

Barcelona vendeu a alma para o Diabo. Aqui, quem manda é ele. De dia Barcelona é o vazio das multidões, de noite, o melhor do inferno.

Uma cidade da noite e do Diabo, aqui, quem manda é ele!”.

Bibiana Xausa Bosak – Barcelona – 30.04.

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