quinta-feira, agosto 19, 2010

Quando a verdade é carne crua, deixar que te vejam sangrar já não mais importa

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Fiquei na dúvida se te mandava esse texto ou não. 
Nunca te mandei textos, esse seria o primeiro. Tu sempre reclamou que não recebia as postagens do meu blog. 

Nem teria porque mandar... Eu sei, eu sei, não devo mais fazer isso. Te procurar, te ligar ou mesmo pensar em ti, eu sei, é pura estupidez, pura incoerência. Mas é hipocrisia fingir que eu não escrevi pensando em ti, motivada por ti. E dessa vez, me deu vontade de mandar, nunca tinha dado antes...

Então que se foda, deixo minhas emoções e impulsos falarem mais alto. 

Te colo o texto abaixo e te faço um pedido: se for pra responder "ok" ou "não entendi, mas te cuida" ou "se é isso que tu acha, tudo bem, acha que tu quiser" por favor, nem me responde. Mandei o texto pra que tu lesse, se for pra reforçar a tua indiferença, soberania ou desdém, prefiro que tu faça isso simplesmente me ignorando. Vou entender o mesmo que entendo quando tu não me procura, vou entender  que tu não respondeu. Tenho medo de qualquer palavra que possa vir de ti. Principalmente quando tu responde só pra responder.

Já estou blablablando aqui. Foda-se tudo. Me imagino falando com uma pessoa imaginária. É mais ou menos isso que sinto. Meu sentimento, minha saudade por ti ainda é tão presente, mas ao falar contigo tudo é tão distante, que já não consigo mais distinguir o real do imaginário. Não sei mais o que aconteceu ou se foi tudo só eu que inventei.... 

Vou acabar isso antes que eu pare de fazer qualquer sentido e me arrependa. Por favor, te peço com toda a gentileza de que tu é capaz, se tu não tiver nada MUITO verdadeiro pra dizer em resposta, simplesmente não diz nada. 


***

Tua verdade já não mais existe
Tua voz ainda soa viva
Mas tuas palavras são meras formalidades
Já não ouço mais nelas a essência, a alma, a calma
Já não te sinto mais cama, berço dos meus sentires

Como podes te privar tanto de ser, verdadeiramente, tu? 
Como consegues mentir tanto sobre ti mesmo?
Tanto mentes, tanto escondes, que só posso chegar a uma conclusão:
é essa a tua verdade.

Achei que a tua voz, hoje, fosse um fantasma, mas agora entendo.
Não é agora que não mais existes,
Agora és o que és,
Foi antes o que não existiu.

Tola de mim que insisto em fugir da verdade,
Buscando, inutilmente, a volta das ilusões perdidas.

Mas como são doces as ilusões.
Como foram doces todas as ilusões. 

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