sexta-feira, janeiro 27, 2006

Saudade Antecipada e Inesperada

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A HOLE IN MY SOUL. . .

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Did not expect to miss so much:

Your eyes;
Your skin;
your fucking bad humor;
the way you look;
the way you talk;
your silence beside me;

Did not expect to miss so much, and yet, so soon. . .

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Mas é só o susto, vai passar.

Enquanto isso:

VOA MEU PASSARINHO, VOA ALTO E VOA LONGE, ainda mais agora, com um céu em euros por conquistar.

Que essa aventura chamada vida seja a maior das tuas conquistas e que, ao longo dela, tu descubra o maior de todos os tesouros: O prazer imenso e único de ser Antônio, simplesmente.

O meu.

E, no meio tempo, SORRI, e me espera.

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That is it so far:

A plane aimming east toward the rising sun;
A love been thrown beyond de boundaries of near and far;
An empty room;
A tear's wet face;
A shinning nowhere stare;
A hopefull smile;
Some fear;
Some stomach butterflies;

AND UNLIMITED EXCITEMENT, JUST WAITTING TO FIND OUT WHAT LIES BEHIND THE DOOR.

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That is it so far . . .

Sob os lençois

Entregava-se sobre o lençol o corpo despido de mulher.
Protegia-lhe a pele apenas o toque suave das cobertas.

Entre cobertas, encobria o fato de que revelava-se nua e,
Sua nudez, tão livre, fazia do corpo contradição com a mente.

Sua mente se encontrava entre panos.
Redemoinhos multicoloridos faziam do pensamento tormenta,
Dando a sensação de se estar preso no vento.

Milhoes de pensamentos. ou se deve dizer sentimentos,
Passando, ficando, voltando.
Entrelaçando-se, enrredando-se.

Talvez em algum canto de uma cidade qualquer,
Parte da sua alma se encontra se agora sentada em um bar,
Sozinha,
Degustando a vida em um copo de conhaque.
Esta parte revelava a liberdade do pedaço de pano que acabou por escorregar do redemoinho.

Os outros panos continuavam a debater-se.
Horas havia em amores distintos de tal maneira se enredavam, que parecia impossivel Distigui-los a separado.

Panos marcados de raiva a todo o momento teimavam em voltar.

Fato era: Nem a paixão nem a raiva faziam dela livre, nua sob as cobertas.

A única coisa a fazê-la voar era a perspectiva daquele conhaque,
em um lugar qualquer,
numa rua de Lisboa.

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Confession

Forgive me father, 'couse I have sin...

Lendo está frase assim, eu me pergunto, a quem não tem religião, pra quem está frase está sendo dita?

Não sinto que seja eu a ter que pedir perdão a um dos pais, o menos pai, o que eu mais sonho que fosse pai (e note bem a coragem de conjugar o verbo no presente, pois me foi preciso muita para fazê-lo)

De qualquer maneira há a quem eu deva pedir perdão, pois pequei, contra tudo que acredito, mas nem contra tudo que sinto. Ainda que a quem mais deva perdão não seja ao Pai e sim a uma ovelha, tão pura e dão cheia de maldade quanto todas as outras...

Na verdade talvez acredite que use meu pecado como forma de não me sentir tão patética frente ao mundo, talvez fira fundo para não me sintir a única ferida em batalhada de não guerra, em luta pela sobrevivência (ainda que da maneira nada selvagem como concebemos está sobrevivência), em um mundo selvagem em palavras e em segredos, com instintos contidos a cada instante, com instintos seguidos a cada instante e, com a certeza de que, a cada instinto seguido há uma racionalidade ferida, um regra quebrada, no complexo sintema não formalizado denominado hipocrisia, no qual vivemos.

É uma pena saber que, em certas ocasiões, ao quebrarmos com as regras, quebramos também com pedaços de sentimentos.

Os teus sentimentos, os meus sentimentos. Nos partimos todos.
E, ao final do texto, já não sei mais sobre quem escrevo...
Me faz mal, muito mal.

Passo a atribuir pensamentos que não pertence a pessoas, simplismente pelo fato de não conseguir parar de sentí-las.

Raiva, de mim, também.

Conto de Fadas

Neste espaço tão só meu, me sinto livre para me revelar; ainda que fantasie visitas planejadas.
Mais ou menos como meu sentimentos: Demostro distância e mantenho barreiras fantasiando, intimamente, com ver estas barreiras quebradas, com ver a lutra para quebrárem-nas.

* * *

É como se eu fosse todo o conto da Bela Adormecida em uma só pessoa.

Sou a própria buxa a amaldiçoar a princesa. Me levo ao extremo da falta de respeito próprio a destruir-me com pensamentos viciados.
E então aprincesa, que, a quem adormecida, não resta nada se não sonhar com o prícinpe; Logo, sou também princesa que sonha em se acordada de seu mundo de sombra para ser levada para o reino encantado. Embora hoje o que eu realmente sonha, seja com não sonhar.

* * *

Tenho medo de dormir, meu sono hoje traz a tona os sentimentos que durante o dia me ocupo em esconder de mim, ocupando.
Meu sonhos revelam pensamentos continuos, teimando em lembrar-me o que, tão intensamente, teimo em querer esquecer.
Um mundo inteiro que gostaria de esquecer; toda a amargura que gostaria de não viver; de tantos não queres, canso, fico exausasta de querem com tanta força não querer o que insiste em querer acontecer. Logo, hoje, me resumo a não querer dormir... Mas o sono vem e vem. Constante, devastados, querendo mais uma vez acontecer por cima do meu desejo.

* * *

Logo está lá, aqui, a bela, não tão bela (a sentir-se), a sonhar e não querer sonhar, a lutar contra o veneno do sono. A desejar, unicamente, acordar de um sonho ruim. De uma vida de sonho ruim. A desejar acordar da sua realidade, sonhando intensamente que está seja um sonho, para então acordar em uma realidade de contos de fadas.
Mas hora que contradição. Deseja um mundo de conto de fadas sendo que está a viver um, pois a que desejar um mundo de contos de fadas, se neles a pricesa sempre e sempre sofre durante toda a história para chegar enfim as 5 palavras finais: Eles viveram felizes para sempre.


* * *
Logo, para o desejar pelo final da história, quero logo ouvir tais palavra. Quero que a história acabe, com o final onde a pricesa em uma carruagem deixa seu lugar de origem e vai viver em algum lugar onde eles viverão felizes para sempre.

E isto me leva a outra coisa, quero logo o final da história para saber quem são eles. Sempre eles, o plural tão reconfortante e assuntador, saber que não se está só, o conforto máximo e, o contrário, sentir-se só, traz a ânsia incessante de desejar encontrar as peças que encaixam, as notas que faltam para completar a melodia.

Quem são eles?

Quem são meus eles?

* * *
Mas, na torre, a sonhar com o final da história e com quem ira salvá-la há alguém, porém lá fora, a traçar o árduo caminho está outro alguém, e no meio há o dragão.
E então, me torno o próprio dragão que assombra o caminho até mim, dura, rispida e venenosa a afastar todos aqueles que tentam se aproximar. Logo, só chega até mim, o vencedor da luta, CONTRA MIM.... um tanto triste, a fada madrinha diria, assim não há prícinpe que resista.
Pois a forma importa, se há um dragão, luta-se contra ele, agora se este é bruxa, pricesa e monstro, se confundem os papéis e, quando se dá por conta, estamos a nos sentir pricesas: frágeis e desprotegidas, porém, estamos a ser jungadas com dragões: Maus, não dignos de compaixão, e violentos por motivos cujas razões não são consideradas dignas de atenção.

* * *

Enfim, me desdobro a exercer milhões de papeis de mim, agindo como quem agride e machuca e, ao mesmo tempo, como quem é agredida e machucada. Agindo como quem sonha em se deixar levar e, ao mesmo tempo, como monstro que impede que se chegue perto.

Me falta aprender ainda a ser minha própria fada madrinha...

* * *
E, no meio deste conto, só me restam algumas certeza. A de que não quero lembrar, não quero pensar e, pricipalmente, não quero dormir.

Conseguindo com extrema destreza, dentro da minha canhotisse, não atingir nenhuma das coisas que tanto desejo...