domingo, novembro 05, 2006

Cometa

Mais uma noite aqui
Vendo o tempo passar
Virou de novo, 2
O que será de mim?

E se passar um cometa?
E se eu me prender na sua calda?
Sera que vou viver mesmo é assim, feliz de olhar?

Mas sei lá,
Mesmo assim, olhando,
Sinto-me acontecer
Tão frágil,
Tão solitaria,
Mas me sinto, de alguma foma, feliz

Tenho um amor pela minha insônia,
Meio forçada, é verdade
Eu aqui, subviva, luntando contra meus olhinhos
Que teimam em fechar

Olhinhos que choram
Olhinhos que brilham
Tão meus,
Esses olhinhos

Tão só meus esses olhinhos

Será que um dia vou deixar de sentir solidão?
Será que um dia vou parar de idealizar o passado?

E parar, pra que? De que vale a vida se não para eu me lembrar dela como extraordinária?

Extraordinário,
É o que eu vou fazer da minha vida, a cada segundo,
Com esse meu sorriso,
Interno
Um sorriso que só eu conheço
Tão meu
Tão só meu

E agora, a minha maneira, sinto um progundo amor por mim

Olha os dedos
Batendo nas teclas
São amantes
Conhecem-se tão profundamente...

E, ainda assim, as vezes se enganam
Agora os dedos ficaram nervosos, embaralharam as letras
E saiu poesia
Não poesia da mente
Poesia de dedos

Logo se vê
Saiu dos dedos poesia torta
Poesia tremula e sem sentido nenhum

Confusa, mas serena ela
Que nem eu, agora
Confusa, mas serena
Que contraponto
Eu que a um segundo era certa e ansiosa

Tão impreciso esse coração
Tão leve que é jogado de um lado para o outro
E balança
E balança
Na calda do cometa

E eu aqui
Vivendo de sentir o vento que não há no espaço

Rindo e rindo
Um sorriso de bebê
Que sou

Bebê crescido
Velho diminuído
E, de novo, as minhas antíteses
Contradições de mim

Turva, revoltas
Minhas

Contradições

Contradições
Adições
Ditações
Ditaduras
Dentaduras
Ataduras
Atacados
Disfarçados
Desarmados
Amados
Mal amados
Estourados
Extraordinários
Momentos
Sentimentos

E as palavras se perdem no tango, no trago, no vento, em mim...

Momentos
Sentimentos

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