sábado, outubro 17, 2009

Transmimentos de Pensações - Uma Amiga me Salvou








A sensação que tenho é que me perdi de mim. 






Uma coisa incômoda sobe do fundo da mente e me gera um mau humor gigantesco.
Acho que as conversas foram muito fortes. Muita energia passando, meu primeiro instinto é fugir.

Pela primeira vez, talvez, fugir de tudo que não sou eu. Antes a busca era fugir de mim, fugir pra fora, em outros mundos, me esconder em outras vidas. Agora não. De jeito nenhum! Só a possibilidade me arrepia - Perdi a palavra. Possibilidade do que? Não sei. Eu tinha uma expressão perfeita, mas, também ela, fugiu.

Não quero abdicar de ter minha vida inteiro. Minha mãe está certa. Sentada aqui do meu lado no sofá, ainda chateada comigo, nem desconfia do quanto lhe dou razão. Não importa o quanto não soe romântico, o quanto seja egocêntrico: não estou disposta a me dividir. Não agora. Conheço bem a história, é sempre assim, é bom, é viciante, é aprazível e, quando nos damos por conta, já trocou-se o papel de estrela da peça por um de coadjuvante de um roteiro pobre em cartaz num teatro de segunda.

É isso que são relações: ladrões de elenco. Nos tiram do nosso próprio centro, nos interropem monólogo que só nós podemos dizer e nos sugam para um roteiro sem trama onde acabamos por nos tornar coadjuvantes de nós mesmos. .......

O telefone tocou!

Ufa, uma amiga me salvou pra mim. A mágica das relações.

A mágica do mundo.

A nossa mágica.

A minha mágica.

A mágica.
A µágica.

µágica.

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