quinta-feira, dezembro 31, 2009

Família #2: Poemas da avó

Hoje,  com gosto e reverência, abro aqui espaço para palavras que não são minhas.
Minha avó me escreveu um poema e aqui o coloco.
Talvez esse seja o último post de 2009,
Se for, que venha 2010 com amor igual ao que escreveu este poema.
Que todos os desejos de todas as pessoas se cumpram e,
Como ainda ontem me caiu a pimenta que carregava como tornozeleira, desejo:
Que tudo que for dirigido a mim volte em dobro para quem desejou.

Acho que ainda faço um post a falar de 2009, mas, por ora, fica o poema:


O Vestidinho Cor de Rosa 


Quado tu,
Já eras, 
Mas não tinhas nascido, 
Eu teci o teu primeiro vestidinho
Com agulhas e linha rosa. 
Sonhei com teu rosto
Ainda em botão de rosa. 


Hoje, tu 
Estás tecendo 
Histórias nossas
Vividas por todos,
Tecidas 
Nas linhas 
Desta família,
Com lembranças,
Sonhos e dor, 
Frente à lareira
Da vida, 
Cujo calor
Ainda perdura. 


Uma história só tem sentido, 
Se consegue 
Mostrar
A trama
Do amor
O valor
De um ideal
Que não perece
Como a flor. 


Na finitude 
Da vida
Soprou um vento
Que passou
E levou
De roldão
Até um coração
Que palpitou. 


Mas a história 
De amor
Ainda tem as tramas
Dos sentimentos 
E ideiais
Que o fogo não queimou,
Que o vento não levou...


É uma perpetuação,
É uma ressurreição!


E agora digo eu, pra finalizar: Obrigada pelo amor, minha avó. E, para 2010:

QUE VENHA COM UM VIVA E UM VIDA ÀS RESSURREIÇÕES
DIÁRIAS DE TODOS NÓS.

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